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sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Eu não sou doce

Nós mulheres somos incompreendidas. Cansado desse tema? Acha papo furado? Entendo. Mas sinto muito, devemos explica-los. Nossa sensibilidade com o mundo: pessoas, situações, problemas e família é maior do que a sensibilidade de vocês, rapazes. Quando a gente gosta a gente gosta MUITO. Quando a gente não gosta não há nada que nos faça pensar diferente. Não somos tapadas, temos opinão em cima de um salto alto. Acha pouco? Somos nosso instinto, nossas vontades próprias, nossos medos, nossas buscas, nossa profissão e acima de tudo, somos nós mesmas sem rascunho. Não me venha com essa de que TPM é desculpa. Mulher é fresca. Que nossa antipatia é gratuita ou que usamos todos os clichês do mundo quando o assunto é amor. Nós, simplesmente, sentimos além da conta. Não rasgamos lembretes: nós vamos até o fim, seja ele qual for. Estamos de olho aberto e sabemos que o que é nosso veio com muita luta. Não vamos deixar a peteca cair. Por isso, meu caro, mulher é assunto sério. Não quer entender? Não tenha uma. Ter uma mulher é para poucos. É regalia. É brinde. É auto entendimento e paciência. Ser uma mulher é habitar todos os sentidos (e sentimentos) que existem e continuar ''apesar de''. Porque a gente tem o dom de se tornar MUITO melhor, independente do que aconteça. Eu não sou doce. Mas metade de mim é açúcar e a outra também.




domingo, 16 de junho de 2013

Incurável

Eu tenho um sério problema: as coisas devem ser do meu jeito. Ok. Eu sei que você deve estar pensando que eu sou muito infeliz por isso, afinal, na maioria das vezes as coisas saem o contrário do que planejamos. E você está certo. Em partes. 

Se eu saio para tomar sorvete a sorveteria não pode estar fechada. Se estiver, passo raiva mas não volto para casa sem tomar o bendito sorvete. Nem que seja um picolé da Kibom. Eu vou comprar. Eu vou ter essa sensação. Eu vou até a Araújo 24h. E tomo o tal sorvete. Porque EU sou assim.

Existem coisas que não dá para evitar, tipo: furar na avaliação da academia. Putz! E para remarcar? É sempre aquela confusão de horários (que a gente nunca pode) sem contar o pagamento da nova taxa devido ao descumprimento da primeira. Minha aflição começa bem aí. Tudo bem, eu respiro fundo e volto outro dia. 

Desde 2009, quando saí do ensino médio, estudei nos melhores cursinhos pré-vestibular a fim de tentar a grande prova para Medicina. Desisti três anos depois. Quando tardiamente descobri que havia perdido a minha falta de jeito com a vida. A minha inspiração. E a minha vontade de fazer algo de bom  comigo mesma. Eu apenas ia. Sentava naquela cadeira dura, refrigerada por um ar condicionado Alasca e anotava toda aquela ladainha sobre Biologia, Química e suas vertentes.

Eu não queria fazer aquilo. Eu não queria estudar tanto para cuidar de alguém debilitado, infectado ou doente por qualquer motivo. Eu não queria fazer plásticas. Eu não queria curar feridas. Ser médica sem fronteiras. Ou mesmo usar um jaleco - tão feio - e branco. Eu não queria e não fiz.

Eu não queria e não fiz o curso que meus pais escolheram para mim. Eu não queria e não fiz a carreira clean e homogênea que minha avó sempre rezava ao pé do santo (com a minha foto embaixo). Eu não queria e não fiz mais um ano de cursinho para enfim - de uma vez por todas - chutar o balde de uma só vez e dar uma banana para quem ficou para trás.

Graças a Deus eu não sou médica. Graças a mim eu nasci com a palavra na boca, o gesto no ato, a pressa no tato e a glória no fato. 

Foram três anos mas saiu do meu jeito. Desfiz a matrícula, guardei as apostilas na estante mais alta do armário, conversei com meus pais e me peguei pensando ''e agora?''. 

Todo recomeço tem que ser do jeito que sonhamos.

Essa era a única certeza que eu tinha. Eu sabia que deveria ser criativo, lúdico, interativo, inspirador, que cheirasse novidade e que não me enfiasse dentro de rótulos. Uniformes. Cartões com horários e vale transporte. Esse era o meu emprego. Essa era a vida que eu queria. Essa é a vida que ninguém sonhou para mim. 


Pareço sonhadora? Eu fui.
Pareço louca? Ingênua? Infantil? Mimada?

Pode ser. 


Mas saiu tudo conforme a minha música. O meu espírito de liderança. E a minha forma de ver o mundo foi quem conduziu a minha ousadia. Minto. Não acho ousado a gente querer ser tudo o que, na verdade, já nascemos sendo. 




Eu tenho sorte de dar a cara a tapa e só apanhar de mim mesma.
Eu tenho sorte de acreditar em sonhos. Eu tenho um sério problema. Nenhum médico do mundo vai poder tratá-lo. Ou ameniza-lo. Eu nasci assim: livre para ser quantas Helenas eu quiser. 















sexta-feira, 14 de junho de 2013

às quinze e pouca





No meio do dia você chega como quem não quer nada e fica por alguns segundos. É a minha imaginação dando corda para o silêncio. Não posso me calar, não fazer ou desajustar o ritmo da rotina que logo você aparece como um suspiro da vez. Nós estamos brigados por um meio motivo. Nem um motivo inteiro foi. Mas estamos sem conversar por algumas longas e extensas horas que insistem em martelar esse vazio das 15h. Porque às quinze ainda não tem café fresco. Não tem seriado bom passando na tv. Não tem caixa de e-mail lotada. Não tem sessão legendada no shopping. Não tem livro que ocupe todos os segundos das quinze horas. Não tem. Tudo existe, tudo acontece mas nada ocupa de fato. Enquanto eu busco a distância para evitar sair do eixo, você se aproxima como uma inspiração; me faz escrever esse texto, me deixa muda, me tira as más lembranças e eu viro saudade. Como se eu pudesse, de fato, ser. E sou. Hoje, você veio no meio do dia e ficou. 

Verbo




Amar nunca foi fácil. E, falar de amor, me dá uma preguiça profunda. Parece que sempre estou lendo aquelas frases de auto-ajuda daquele autor meia boca. Mas, exclusivamente hoje, eu preciso dizer que o amor é necessário. Queira você ou não. Na sua eterna vida de solteiro bem resolvido com três casos no whatsapp, dois no facebook e mais alguns distribuídos no trabalho, faculdade e estados. (afinal, quem nunca?)

Sinto te dizer mas viver o amor é preciso. Faz bem pra saúde. Faz bem pro ego. Faz bem pra pele, pra sua mente e para a suas necessidades mais bobas. Porque amar distrai. Amar liquidifica as ideias. É a mesma sensação de conseguir beber os benditos dois litros de água por dia. É sensação de missão cumprida. De cumprir os 12km de corrida. De pagar a fatura do cartão em dia. É, enfim, conseguir. Amar é esquecer um pouco da gente. Amar é praticar esporte todos os dias com o fôlego de quarta-feira.

Amar é um desejo de todos e sorte de alguns. 

Deve ser experimentado e alimentado conforme a inspiração do dia. Sem fricote, sem exageros, sem parênteses, sem preguiça... sem fazê-lo sozinho. Todo nós precisamos amar e ser amado. Deixar e sentir saudade. Ser coerente e fiel ao seus sentimentos. 

Ser maduro para saber habitar o fim. 

Entender que ninguém é de ninguém e que, por maior que seja, todo sentimento é individual, intransferível e diferente. Cada um deve amar e respeitar ser amado na maneira que acredita ser a melhor. Sem rebeldia, sem medo, sem pressa. Amar é o título do livro de nossas vidas. Amar é verbo que faz amor.

A pisciana e o Virgem





Se eu pudesse te imprimir eu te colava aqui no meu quadro de inspirações. Pra ficar te admirando junto a essa música que está rolando agora. Com toda essa nostalgia dos anos 90. Como as noventa vezes que imaginei como seria o amor da minha vida quando criança. Se ele vestiria esse azul desbotado da sua camisa ou se ele a usaria por dentro da calça. 

Aí você me aparece com esse sorriso sério. É. Um sorriso tão sério que faz minha piração parar para respirar. E rezar. E ser. 

Se eu pudesse eu te salvaria em todos os formatos. Conectava todos os sentimentos do mundo só para te deixar mais perto. Se eu pudesse eu aliviava toda essa distância que insiste em acontecer. Mas eu não posso. Então eu te vejo. Vejo e não toco. Vejo e imagino. Vejo e escrevo. Para nos aproximar. Para eternizar o instante. Prever o futuro. Amadurecer a ideia. Estar e ser. 

Se eu pudesse moraria dentro do seu abraço. Junto com os seus gatos. Perto do Hadi. Longe de todo esse caos que é viver sem dar a mão ao amor. Eu, meus livros e suas músicas velhas. Sua mania de colocar amendoim em tudo. Seu jeito fogo-baixo de cozinhar. Sua calma e sua paciência rindo do meu desespero de quem esbarra e quebra tudo.

Se eu pudesse viajar o mundo eu te levaria comigo. 

Se eu pudesse, na verdade, eu não mudaria nada. Porque eu não quero modificar o infinito que a gente habita. Noventa vezes: você. Porque eu sou difícil, falo o que penso sem rebeldia, imagino mundos e o meu vôo é alto. Mas nossa afinidade é familiar. Você é muito melhor do que eu. E ainda consegue colocar rumo onde eu só enxergo estrelas. 


quinta-feira, 25 de abril de 2013

ida

Sinto que o mundo está se espremendo. O espaço que abriga o todo está escasso. O importante é caber. Sozinho. Nenhuma coragem une. Nenhum amor, afeto ou consideração. As estações se invertem e os valores? Sopra em mim o desejo de continuar apesar da falta. Vou leve, caminho firme, sei de mim. Aprendo a desejar o infinito. Meu lugar é moradia de encontros. Sou passageira de um trem de ida. Adormeço a paciência para não alimentar o cansaço. Desapareço. Fujo do todo. A saudade é falta que perece. Azul se pinta o dia.



Equilibrio




Todo mundo está cansado demais do trabalho. Enjoado do trânsito. Dos finais de semana curtos. Ninguém quer namorar sério. Estamos todos desgastados do relacionamento anterior. Sem tempo. Sem dinheiro. Sem companhia. Estamos exaustos e estar cansado, cansa. Tira o ar. Mexe com o emocional. Com o corpo. E, principalmente, com a nossa mente. Todos descontrolados no ritmo do relógio-rotina. Na pausa pro lanche. Ninguém quer saber de amarrar os próprios cadarços. Dar a cara a tapa. E entender de uma vez por todas que a culpa de tudo isso mora dentro de você! Não deu certo? Sinto te dizer, mas a culpa é sua. O emprego, o namoro, a falta de dinheiro... é tudo culpa sua. Mova-se! Se conheça. Converse com você mesmo quantas vezes forem necessárias. Aprenda a abstrair e construir. Sua mente! Guardou? Ela é dona de tudo. O que você pensa você é. Positividade. Tenha foco, pára de dar desculpas e se concentre no que VOCÊ anda fazendo. Todo mundo está cansado de tentar SER melhor e você é a única pessoa que não pode desistir de você. Porque o melhor está por vim. Se você se permitir. 













terça-feira, 16 de abril de 2013

morto





Se eu pudesse apagar alguém da minha vida eu apagaria você. Eu te deletaria da minha história. Eu te mataria para não correr o risco de trombar com você de novo no meio na rua. Porque você é a pior pessoa que eu pude conhecer. Foi e será o pior de mim: como eu pude gostar de você? Deixar você colocar as mãos em mim, conhecer minhas pintas, minhas manias e sentir o cheiro do meu cabelo? Eu te dedico o pior do mundo. O meu pior! Eu vou te levar pra sempre num buraco negro para nunca mais te achar perdido em mim. Seu hipócrita! Idiota. Falso-romântico. Falso-moralista. Falso-amor. Vá! E vá logo. Quero te apagar da minha vida, do meu cérebro, da minha porta de entrada para o mundo: meu coração. Porque você não vale o chão que pisa. A história que tem. Os amigos que te escutam. A casa que dorme. A comida que te alimenta. As boas pessoas que te cercam. Meu ódio tem pena de você. Meu ódio tem paz quando vc dorme. Por isso, a despedida é sincera. Vá para a puta que te pariu. E, do fundo do meu coração, vai tomar no cu.
(se um dia eu pudesse fazer um pedido a Deus pediria desculpas, em primeiro lugar, e desabafaria: você foi incompetente em fazer esse cara e o meu pedido é para que você não se sinta culpado porque todo mundo erra um dia)
Fodas. 



E viva o amor próprio! Porque o amor ao outro só se for recíproco.



segunda-feira, 15 de abril de 2013

me desenha? te escrevo!

Tudo em mim fazia sentido: corpo, voz, velocidade, intenções, metas e viagens. Tudo traçado para ser, para acontecer e insistir. Eu habitava uma paz que continha segurança, força, renovação e esperança. Esperança em mim, no mundo, nas palavras, no inusitado. 

No meio da calmaria mansa que andava minha vida você me aparece com um desenho feito à mão. Um desejo mal formulado. Uma pressa descompassada. E um olhar mudo. Olhar de passarinho manso. De gente com vontade de MUNDO. E preguiça do não-compreender cotidiano que cerra nossos olhos e ocupa nossa pressa.

Era você. De certa forma, era. Minha história se partiu em duas, um pedaço guardei da gaveta da memória o outro estava com vontade de te abraçar. O seu abraço existia e era maior que eu. Maior que minha imaginação. Maior que a minha pressa de fazer acontecer. Por isso eu parei: um passo a mais e eu estaria perdida em você.

Suas mãos, sua pele, seu jeito de economizar palavras... tudo era nada e nada era o tudo que faltava naquele tempo. Qualquer coisa em você era eterno quando a gente se beijada. Suas ideias, sua forma, sua significancia imediata, seu conteúdo e sua visão da vida. Sua poesia. Sua forma de habitar e sua mania de SER.

Eu fiquei parada e a vida vinha. 
Como quem nada espera e por tudo vive.

Minha paz é acordar sossegada. Dormir abraçada. Sentir o infinito que acontece dentro de mim: quando você não está. E continuar... 







(feliz dia do desenhista).




segunda-feira, 27 de agosto de 2012

antes de dormir : 1

às vezes eu fico pensando se vou conseguir conhecer todas as pessoas que eu gostaria de encontrar por esse mundo. se me amarrar em alguém é perda de tempo ou não. fico imaginando como seria perder tempo (...) como deve ser frio viver na acomodação dos destinos. para sempre: casados. será? quero ter tempo para experimentar o tempo. conhecer gente de todas as cores e filosofias. deixar um pouco de m
im nas esquinas que virão. ser feliz por alguns minutos e celebrar. não quero viver uma coisa apenas. nem duas. nem mesmo assistir calada o balanço desse barco. vou deixar a onda bater forte no rosto, pisar na areia e ficar ardendo de sol puro. deixar a vida me experimentar. ser livre: usufruir. desejar. amar. morrer de amor. renascer. criar. envelhecer. enriquecer. ser quantas helenas for preciso. E preencher todos os espaços de mim: com pessoas.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012 - 00:47h



grafite: Nilo Zack (BH)

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Obs: pensamentos ''antes de dormir'' é a prosa que faltava para completar esse blogue (que andava tão vazio). Sempre que a ideia surgir com o pensamento no travesseiro ela vai parar aqui. É a forma que encontrei para registrar. Ao invés de guardar no celular.
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terça-feira, 31 de julho de 2012

música

Há alguns dias atrás publiquei um texto meu no facebook. Um pensamento solto, uma ideia com vontade de ser compartilhada, multiplicada. E eu que nunca tive a pretensão de ser compositora recebo o seguinte recado:

''Helena, outro dia peguei um texto seu daqui e .... bem como ele foi postado na hora em que estava com um instrumento em mãos tentando achar o caminho para uma canção, resolvi usá-lo. Comecei a adaptar, e .....acho que temos uma parceria agora.''

O músico cheio de inspirações era o Humberto Barros. Ele que é mais conhecido pelo seu trabalho com a banda Kid Abelha, estando com eles por mais de uma década. Muitas vezes o tecladista empresta seus talentos a nomes como Zeca Baleiro, Lenine, Paulinho Moska, Leoni, Rita Lee e Richie, para citar apenas alguns.


Foi um presente lindo ter uma poesia musicada. Aí segue a letra feita a quatro mãos:



Ultrapassar os tempos

(Helena de Oliveira & Humberto Barros)

Há um momento aqui em que a imagem não ilude
O sinal do tempo está à frente
A memória risca, mas não fere
Os tipos, trejeitos , as figuras
O que se vende é o que se compra
Tudo aqui se oferece
E você está para esquecer
Continuar e amanhecer

É preciso ultrapassar os tempos
Lavar a sua própria roupa
Ser duro e sonhar no abrigo das palavras
Criar aquilo que nunca foi

Cada pausa exige uma licença
Desajustar o teu relógio
Ser aquilo que a vida quis
Maturidade é para os outros

Quero ter a possibilidade
Além das lentes de aumento
Dos ópios e de mais neon
Tempo em moradia....tempo bom

É preciso ultrapassar os tempos
Lavar a sua própria roupa
Ser duro e sonhar no abrigo das palavras
Criar aquilo que nunca foi

terça-feira, 26 de junho de 2012

tempo

Há um momento na vida em que os esteriótipos não te iludem mais. O sinal de tempo está a frente. A memória risca forte mas não colore. Os tipos, os jeitos, as figuras, o que se vende e o que se compra. Tudo moldado para ser. E você se esquecer. O entender é que prevalece. Amanhecer e continuar sendo. Na medida do impossível o caminho se torna. Espaços, soluções e esperas não ocupam o lugar do agora. É preciso saber ultrapassar os tempos. Lavar a sua própria roupa. Ser forte e sonhar no abrigo das palavras. Ou da música. [Sonhar é criar no vácuo daquilo que nunca foi] É possível desajustar o relógio da vida? Cada pausa exige licença. Medos e moldes te fazem ser aquilo que a vida te impôs. E a gente fica sendo o resto da vida. Enquanto tudo se fantasia o tempo ocupa. A certeza cresce e a maturidade é fichinha. Não quero o improvável gosto da coisa. Quero ter a possibilidade d0 todo - que escolhi. Conseguir ver além das lentes de aumento. Dos ópios e do neon. Transformar o intuito em gesto. A dúvida em passos. O tempo em moradia.








quarta-feira, 20 de junho de 2012

significado

Sua imagem é signo
Olhos, sorrisos, dentes
Pele e tom contentes

Meu lugar quer preencher
seu vácuo
todo dia
adormeço e passo

Compacto, firme, seguro
leve
contigo meus segundos

Diluído, líquido, latente
falo
na boca: isso é a gente








interno


Nossas possibilidades são poucas
Seu espaço não ocupa o meu
Minha verdade agora está rouca
No espelho um retrato: eu

Agora você insiste em tentar
Com esses sonhos tão malucos
(tudo te tira do ar)
E minha palavra não quer te esperar

Meu lugar é dentro
sua espera é amor
não vou contigo porque me entendo
e o resto faz parte: é dor





terça-feira, 5 de junho de 2012

Círculo parado

Pontos e vírgulas mal colocados. Frases não terminadas (ou não ditas). Dúvida. Sentimentos urgentes guardados no bolso. Coração machucado. Telefone mudo. Whatsapp vigiando as horas de entradas e saídas. Não existe resposta. Não existe conclusão. Um vazio insiste em acontecer. Final de semana. Sexta-feira na balada. Domingo na deprê. Segunda-feira de promessas. A expectativa: vai ser melhor. Sumiço. Indiferença. Realidade que machuca. Novas tentativas. Coração vazio. Lugares cheios. Vozes. Salto alto. Carro do ano. Solidão. Dinheiro. Droga. Amigos de um dia. Sexo. Copo vazio. Pontos e vírgulas mal colocados. Frases não terminadas (ou não ditas). Sentimentos urgentes guardados no bolso (...)








quinta-feira, 24 de maio de 2012

nós: em laços

ai. O papel está em branco. Acho que agora posso começar a escrever minha nova passagem. Porque tudo que começa vazio, se enche no meio e morre sozinho: é passagem.

Recebi um embrulho desses com laços de fita em cetim. Tinha uma cor que continha cheiro e nesse instante fiquei muda. Comecei a abrir o pacote com a certeza de que aquilo era verdadeiramente meu. Meu e de mais ninguém. O tempo que levei para ver, e decidir abrir o pacote, pareciam dois séculos. Quando - sorrindo - me deparei com dois anos vividos de amor contido dentro da caixa.

Estava lá: meu coração ralado e (incrivelmente) feliz. Peguei aquele tempo com as duas mãos, segurei as armadilhas, ocupei todos os espaços de mim e tive certeza de que era ele. Ele voltou. Embrulhado que nem presente.

A vida estava certa. A gente só se basta quando se completa. Aquele presente poderia ser futuro... Anos e anos de certezas e rotinas (...) Comecei a sonhar com a felicidade. Não podia acreditar que o tempo pudesse me dar de volta aquilo que sempre fora meu.

Obrigada. Deveria agradecer? É preciso agradecer e ser. Recebi aquele embrulho com muito carinho e a medida que o laço ia se desfazendo sentia um pouco dessa coisa que chamam de felicidade. Ele havia voltado lindo e sincero. Não poderia ser miragem - ou mentira.

Ele disse: você me quer? Então me leva. Nessa hora senti a vida como um pássaro. Metade de mim queria voar e a outra metade também. Mas eu não tinha asas. Eu tinha medo, angústia e uma vantagem: ser mulher. Guardei minha intuição no bolso. Fechei a gaveta da memória. Abri o coração para o novo. Decidi leve e sem culpa: eu não te quero. Eu te quero MUITO. Assim, embrulhado em laço de fita. Pode ser presente ou futuro em outra vida.




segunda-feira, 30 de abril de 2012

:)

Estou tão durona com o amor. Não consigo mais amar como antigamente. Estou em silêncio: vivendo. Estranho? Não foram as experiências ruins ou as dores do amor antigo que me deixou assim. Nada disso. Só não estou mais afim de amar. Amar por amar eu não quero. Nem mesmo idealizando: ''quero amor feinho'', quero um amor que me ame, ou ainda, quero um amor pra vida inteira. Não, nada disso. Eu não quero amor nenhum. Estou bem assim. Fechei o círculo. Estava abafada e não sabia. Escrevendo sem rumo. Me divertindo e me fodendo. Estava amando e desamando com a velocidade da luz. Com a ausência da poesia e com o coração ralado. Ah, não. Amor não é isso. Amor é uma série de recomeços que experimentamos diariamente. Uma nova descoberta (interna ou externa), um novo trabalho, uma casa pronta, uma abraço do avô, uma palavra antes não entendida, um jeito novo de pensar, de ver e de sentir que nos leva a viver nesse mundo com mais de dois olhos. Amar não é só borboletas no estômago nem uma transa nota dez. Nem flores. Nem não dormir a noite por falta de. Amar é tão sutil que às vezes eu nem percebo. Hoje eu consigo amar poucas coisas. E tenho pequenas referências de pessoas que realmente amam. Minha mãe por exemplo ama com o tempo. Meu pai ama com as mãos. Já eu amo com o silêncio. Com a calma e a coragem de quem não precisa dizer nem escancarar. Mas estou durona, confesso. Não existe muita coisa que me atrai para o amor. Será que as pessoas estão perdendo a graça? Estou certa que sim. Diferentes gentes e todos iguais. Sempre tocam aquela mesma música, naquele mesmo lugar, com aqueles mesmos sorrisos, telefonemas em gritos e bebidas imbebíveis. Tô fora. Eu quero sábado a tarde. Quero lençol lavado, quero carinho na orelha, quero um bom livro e uma dose de mim. Entender o outro nunca foi fácil. Fácil mesmo é se aconchegar na gente. Ficar em silêncio e não dizer. Se esconder é mesmo muito fácil e não fujo dessa verdade. Estou incluída mas estou melhor assim. Hoje, eu prefiro fugir de todos os amores mais-ou-menos. De todas as caras de pau, de todos os telefonemas prometidos e não cumpridos, de todas as transas nota 10 hoje nota 0 amanhã, de todas as pessoas pequenas, de todas as garrafas abertas e dos sentimentos feridos. O que eu amo e o que eu não amo não te interessa. Não é mesmo? Por tanto, eu só queria dizer que, o amor, tem ficado chato quando vivido por gente chata. E que hoje eu escolho o meu amor pelos amores que ele já escolheu antes.





sexta-feira, 20 de abril de 2012

vinte[eu]m


Cheguei nos 21. E o texto de hoje não é sobre fazer aniversário ou coisa do gênero. Cheguei nos 21 e estou incrível. Vejo muitos amigos comemorando que chegaram aos trinta com a perspicácia dos dezoito. Acho interessante. Como as mulheres que chegaram nos quarenta com o físico de vinte. Ou vinte e poucos. Quer melhor recompensa? Eu não estou magra, nem com a pele uniforme ou com os cabelos coloridos com o louro mais clássico do mercado. Eu não estou linda. Não mesmo. Quem me conhece a mais tempo sabe que no quesito beleza eu não estou cem porcento. Já fui mais bonita. Mais atraente. Mais outra fase. É o que eu acho. O fato é que eu estou incrível enquanto mulher. Estou combinando o meu dia-a-dia com o meu trabalho de moda e renovando TODOS os meus conceitos. Minha originalidade está intacta. Meu sorriso também. Estou mais disposta, mais amiga, mais namorada, mais humana e mais inteligente. Tranquei a faculdade e resolvi seguir em frente. Estou ganhando meu dinheiro e tomando sorvete no recreio. Diet. Estou me sentindo grande, sabe? Com vontade de sair de casa mas com a mala escondida no fundo do armário porque só de olhar já bate saudade do meu quarto. Da minha luz, do meu espelho, do meu gato. Independente? Não. Acho que nessa vida ninguém é independente. Só estou mais disposta. Com força de vontade e o segredo dentro do bolso da calça. Guardado pra não fugir. Mas ele está lá: guardadinho. Pronto para saltar a qualquer momento. Hoje eu tenho minhas coisas que comprei, uma família incrível, um namorado que me conquista todo dia de um jeito diferente, amigas-irmãs e um par de asas que não consigo suportar o peso de tão grande. Tenho mania de mim. Tenho fé e um pouco de paz que mora nos instantes vagos da minha trajetória. Por isso: vinte e um. Anos de puro sonhos realizados. Conquistas feitas de pedaços e um ar de novidade que não tem fim. Eu estou procurando ser melhor a cada dia. Criando e fazendo arte através de simples sapatos. Conhecendo e admirando pessoas através das minhas clientes. Exercendo a simplicidade e conquistando as frases certas. Até entrei no curso de desenho - minha terapia, minha alegria - para ampliar os catálogos da Oliveira e ficar mais perto da criação. Minha mãe, aquela mulher incrível, nunca esteve tão presente na minha vida como agora. Estamos amigas, parceiras, empreendendo juntas. Hoje somos mais companheiras do que mãe e filha. E isso é um ponto positivo pra gente. MUITO. Por isso: vinte e um motivos para ser mais eu. Para ser mais autêntica. Mais mulher. Mais poeta. Mais empresária. Mais estilista. Mais cara de pau. Mais Helena. Vinte e um motivos para me surpreender a cada dia, independente do espelho, das promessas, das músicas de boates, dos cd's não comprados e dos amores perdidos.Vinte e um motivos para eu comemorar com orgulho. Fiz a escolha certa. Hoje eu sou a minha chefe. Ainda aos vinte e um.


Para quem passou o que eu passei, hein?



quinta-feira, 12 de abril de 2012

assim

Que bobagem é essa agora?
Você vai me deixar assim?

Sem nenhuma história pra contar
Sem passado nem futuro
Sem intenção e sem toque

A gente não sabia mas um dia ia ser
[lembra?]

Não vá para sempre
Fique para me usar
Que seja!


Mas se você se despedir
Leve com você essa saudade
que não tem razão para existir


Sua foto está aqui estampada: estou tonta!
Minha palavra quer te escrever mil folhas
e versos tortos com canetas de criança




Tudo fica
Menos você
Que insiste em ser esperança



Então toma! Fica pra você esse poema tonto.







guardado

Bem como minha falta de sono
Você perturba e desmancha
a agonia das poucas horas

Meus silêncios

Minhas frases loucas

Meu tênis no armário cansado

Em tudo te suspiro

Quero saltar pro infinito.
Eu estava lá quando você me puxou [com as duas mãos]
e disse para ficar

Quieta

Deitada

Com a cabeça no travesseiro e o sonho no papel

Agora não me deixe ir
Eu, que nunca me dei com você,
agora sinto seu cheiro
sua voz
seu violão




Sua pausa






Me desculpa?
E me leva com você de novo
Eu ainda sei voar.





terça-feira, 3 de abril de 2012




Pode isso da gente se apaixonar por um sonho?
É, esse sonho que a gente só tem quando dorme.
Pode isso, meu Deus?




terça-feira, 27 de março de 2012



Hoje eu vivo com a maquiagem borrada
a poesia pela metade
e o beijo na ponta da palavra

Minha verdade eu compro em farmácia
No escritório meia luz
Ilumina a mesa e nela o mundo abafado

Me acho no infinito das minhas vontades
Tenho idade para viver de sonhos
e sonhos demais para minha idade

''a fé que me faz aceitar o tempo...''

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

muito para mim

Reserve um tempo para você. Faça planos em voz baixa. Não divulgue sua vida, seus desejos, seus medos e nem mesmo suas vitórias. Faça o que tem de ser feito e quando tudo apertar trabalhe firme. Sei que nenhum conselho bobo desse vai te convencer de nada. Não sou autora de auto ajuda. Não sou se quer autora de nada. Não faço poemas em em cadernos para guardá-los na gaveta. Gosto de folhas avulsas, rabiscos e pouca borracha. Não conheço fórmulas mágicas para viver feliz nem mesmo pretendo. O fato é que precisamos fechar o círculo para aquilo que nos faz mal. Cercar as armadilhas com os olhos e pensar positivo. Não deu certo? Pulamos a página? Vivemos o ontem? Tudo bem. Eu vou em frente e escrevo versos. Bobos mas criativos. Dou o melhor de mim no que posso e enfrento a vida com orgulho. Nunca foi fácil pra mim. Ainda bem. Os riscos são eternos motivadores de alminhas nuas. Por isso eu fico quieta quando realmente preciso me comportar. Fico feliz. Fico triste. Fico indignada. Fico em silêncio. Faço planos falidos. Compro bobagens. Discos. Escuto uma música que vale a palavra não dita. O beijo não dado. A ligação perdida. E vou: linda e feliz. Viver o melhor de mim dentro do espaço que me cabe. Pouco para você?




segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012


quero escrever o mundo

não traduzi-lo, descrevê-lo
mas preencher todas as marginais
de nós

quero saber tudo de cor
decorar intenções e gostos
margear a palavra e te surpreender


quero a aquisição do beijo
e quando a palavra faltar
te lembrar com desejos

Viver!


quero habitar o vazio
dos espaços
e te levar comigo
como quem leva amor

quero escrever o mundo!

nos quatro cantos: palavras
em cada palavra a certeza
que ter você só faz
crescer minhas asas

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Seguro


Quando tudo parece estar seguro a surpresa dos dias de Deus aparecem. Porque seguro demais Deus não gosta. Para ser um dia bom Deus escreve palavras macias mas nos coloca em situações apertadas. Ele quer que a gente prove o gosto da novidade, dos sentimentos bonitos, do abraço apertado de quem está longe e da euforia para ser feliz a todo instante. Deus só fala quando tem certeza. Quando não tem,
experimenta. Faz a gente rir até a barriga doer e faz a gente chorar de dor também. Mas sempre com uma pitada de novidade quando quer ser legal. Deus, pra mim, está naqueles momentos onde você consegue carregar o mundo nas costas de tão feliz. E nesse momento nós estamos conversando em segredo. Ele fala baixinho, no pé da orelha: se você está feliz, pronto! Missão cumprida.


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

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Adoro quando alguém me tira da ignorância. Me mostra o conteúdo ao invés do fato. Me tira o sono ao invés de me dar a mão. Me xinga ao invés de me mimar. Embora eu ache um mimo quem não sabe xingar. Por isso minha turma é pequena: só cabe gente que se entende. Um pouco de poesia e uma boa dose de bom senso - ao invés de sinceridades.











Dança


Existe forma mais bonita do que todas as formas juntas? Silhueta, quadris, braços, pernas, pés e mãos se mexendo como se não houvesse espaço para o vácuo. Todos os músculos e líquidos balançando num ritmo de alegria amarela. Olhos e bocas secas de emoção. Respiração ofegante: suor. Um nó no cabelo e outro espaço se abre para o novo passo. Um balé de sensações em movimento. Cores e formas que classificam o corpo humano como a parceria mais bem sucedida entre dançar e ser feliz. Porque para dançar não precisa de alma, ela voa. Dançar é quebrar a casca. Colocar todo o pus para fora. Se alimentar de saúde. É fetiche de gente grande. Dançar faz parte de cada fragmento que temos quando estamos felizes. A felicidade não cabe, transborda. Enche a gente de renovação e ânimo para continuar. Dançar pra mim é sorrir para dentro. É tirar o salto e escorregar na beleza de sermos quem realmente somos (quando felizes).

Texto feito a pedido da dançarina mais lindona, Tatá: Thais Bittencour


terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Nossas gavetas


Uma das coisas mais bonitas que existe na minha opinião é conseguir se lembrar. Imagina como seria a vida num escuro absoluto? Com a ausência da memória toda experiência vivida seria verdadeiramente única. Ou nem isso. Porque somente tornamos único aquilo que lembramos com amor, afeto, compreensão. Viver sem a lembrança é como ser cego. A pessoa diz: é verde e você não sabe que cor tem o verde. Não lembrar é viver sozinho. Se entristecer com você mesmo. Envelhecer sem experiência. Difícil. Não se lembrar pode ser triste mas ao mesmo tempo bonito: não corremos o risco de magoar alguém por ressentimentos. Às vezes eu queria não lembrar. Mas hoje agradeço por cada memória, desde aquela que eu prefiro esquecer.


quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Se eu fosse flor



Se eu fosse flor seria girassol. Bem amarelo e rico. Desses que mesmo quando se cuida e rega não desabrocha rígido. Fica quieto habitando a terra sem se expor. Esperando a hora de ser belo. Encantador e único. Flor essa que não se encaixa na formosura de poder ser durona. É molenga, coitada. Não aguenta o próprio peso e cai. O talo é pouco forte. Não suporta a beleza da vida. Dos sóis. Não consegue carregar riqueza tamanha. Cor mais esplêndida. Encantamento maior. Por isso, se eu fosse flor seria girassol dia e noite. Na alegria e na tristeza. Com ou sem talo. Alta ou baixa. Leve ou pesada. Amarelo ou azul. Ou nada. Mas sempre com a pupila bem aberta no miolo.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Ver-melho(r)

Apesar do dourado. Dos brilhos intensos e luzinhas que insistem a piscar. Apesar dos laços de fita. Do celofane. Do verde e do pé de meia. O Natal sempre será vermelho. Vermelho vivo. Assim como as minhas unhas agora. Cor de almofada com cheirinhos. Cor de corações melosos. Canudo de diploma aveludado. O Natal é vermelho em todas as beiradas. Em todos os panos de mesa. Toalhas. Guardanapos. Luzes de fundo. Embalagem de presente e devaneios urgentes. E como toda boa data, não poderia ser diferente: a gente também se enche de cores. Amarelos, verdes, azuis, laranjas e brancos. Tudo para luzir com a moda do bom e velho ''estar feliz''.

Apesar do dourado e apesar dos pesares. Vamos iluminar a vida da gente sem grandes expectativas. Sem muita culpa. É isso: sem culpa! Apesar dos maus tratos, dos impasses e das vergonhas, a gente não pode resolver tudo com urgência. Já foi e aí? Tire os sapatos e lave o rosto. Pendure na janela um sonho. Um medo. Um agrado. Um apreço. E veja todas essas luzinhas piscarem juntas. Como quem diz que ainda existe vida. E amor. E alegrias. E esperanças.

Compre aquela pisca-pisca que toca música. É barango como a vida. E diz, sem nenhuma letra: é tempo de recomeço. Sem clichês, mas final de ano é sempre um final. Nunca sentiu? Você lembra com gosto de agosto. E voa junto com o tempo. Que a cada badalada se encarrega de ser menor. Mais frágil e menos humano. Mais perto de ser quem a gente é. Mais longe do que gostaríamos. Por isso, arrisque! Faça promessas loucas para você mesmo. E se encarregue de ser melhor. Mesmo que isso pareça impossível, um dia qualquer a gente aprende que, LEMBRAR COM SAUDADE só não é melhor que RECOMEÇAR COM CERTEZAS.

Por isso, vermelho. E todas as outras cores que você queira estar. E comer. E brindar. E festejar. Com a certeza de que para comemorar o Natal só é preciso de sentir as coisas como elas são. No nosso coração.




(Vou inventar outro sentimento pra quê? O amor está solto por aí. O meu encanto é poder colocar cor onde eu quiser. E me vestir de mim mesma quando a palavra vier!)




Desejo um Natal-família para todos! Com direito a colo de mãe e doce de avó. Obrigada por quem esteve aqui esse ano acompanhando cada palavrinha besta. Obrigada também ao pessoal do Facebook e twitter que sempre manda aquele recadinho fofo.
Beijos, de alma nua!