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segunda-feira, 30 de abril de 2012

:)

Estou tão durona com o amor. Não consigo mais amar como antigamente. Estou em silêncio: vivendo. Estranho? Não foram as experiências ruins ou as dores do amor antigo que me deixou assim. Nada disso. Só não estou mais afim de amar. Amar por amar eu não quero. Nem mesmo idealizando: ''quero amor feinho'', quero um amor que me ame, ou ainda, quero um amor pra vida inteira. Não, nada disso. Eu não quero amor nenhum. Estou bem assim. Fechei o círculo. Estava abafada e não sabia. Escrevendo sem rumo. Me divertindo e me fodendo. Estava amando e desamando com a velocidade da luz. Com a ausência da poesia e com o coração ralado. Ah, não. Amor não é isso. Amor é uma série de recomeços que experimentamos diariamente. Uma nova descoberta (interna ou externa), um novo trabalho, uma casa pronta, uma abraço do avô, uma palavra antes não entendida, um jeito novo de pensar, de ver e de sentir que nos leva a viver nesse mundo com mais de dois olhos. Amar não é só borboletas no estômago nem uma transa nota dez. Nem flores. Nem não dormir a noite por falta de. Amar é tão sutil que às vezes eu nem percebo. Hoje eu consigo amar poucas coisas. E tenho pequenas referências de pessoas que realmente amam. Minha mãe por exemplo ama com o tempo. Meu pai ama com as mãos. Já eu amo com o silêncio. Com a calma e a coragem de quem não precisa dizer nem escancarar. Mas estou durona, confesso. Não existe muita coisa que me atrai para o amor. Será que as pessoas estão perdendo a graça? Estou certa que sim. Diferentes gentes e todos iguais. Sempre tocam aquela mesma música, naquele mesmo lugar, com aqueles mesmos sorrisos, telefonemas em gritos e bebidas imbebíveis. Tô fora. Eu quero sábado a tarde. Quero lençol lavado, quero carinho na orelha, quero um bom livro e uma dose de mim. Entender o outro nunca foi fácil. Fácil mesmo é se aconchegar na gente. Ficar em silêncio e não dizer. Se esconder é mesmo muito fácil e não fujo dessa verdade. Estou incluída mas estou melhor assim. Hoje, eu prefiro fugir de todos os amores mais-ou-menos. De todas as caras de pau, de todos os telefonemas prometidos e não cumpridos, de todas as transas nota 10 hoje nota 0 amanhã, de todas as pessoas pequenas, de todas as garrafas abertas e dos sentimentos feridos. O que eu amo e o que eu não amo não te interessa. Não é mesmo? Por tanto, eu só queria dizer que, o amor, tem ficado chato quando vivido por gente chata. E que hoje eu escolho o meu amor pelos amores que ele já escolheu antes.





3 comentários:

Suzi Montenegro disse...

Olá!

Gostei muito do seu blog. Posso copiar alguns trechos? com os devidos créditos, claro!

Aguardo tua resposta. Beijos!

Suzi Montenegro disse...

Desculpa, comentei com o perfil errado. Só disponibilizo comentários no blog 'Utilidades Poéticas.

Se puder, me responde lá.

Desde já, agradeço.

Suzi Montenegro disse...

Agradeço sua permissão.

Desde já avisando: nunca postei nada sem os devidos créditos.