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sábado, 23 de fevereiro de 2008

Meus passos


A verdade é que eu tenho todas as soluções em mente. E mais oito problemas para se resolver na prática. A verdade é que sou problemas e soluções. Sinto e despejo aqui na tela o que me passa na cabeça quando vivo. Sinto e penso. Aprendi a manejar-me quando preciso. Aprendi a sentar. Aprendi a conversar. Aprendi a deixar de ser. Aprendi a conquistar. E desapegar também. O fato é que eu pareço viver na segunda geração do Romantismo. Lembra do egocentrismo? O chamado ‘’mau do século’’. Onde o adolescente tinha artefatos para viver bem, mas preferia o individualismo. O suicídio. Para assim, se ver livre das dúvidas, do tédio, da orgia, da morte. Do medo do amor. Ah! Incorporo-me por inteira. Os mitos que vivo são caixas de interrogações que se fecham na memória. E martelam a esperança de um dia acreditar que vai passar. Principalmente a dúvida. Mas o século é outro. Não estamos em 1889. E do Romance só me restou a poesia. Quanto mais me fecho mais me abro para os caminhos banhado a ouro. Como se fosse um túnel. Onde só se passam pessoas a fim de conhecimento individual. Conhecimento prévio. Para não ser breve. Durar a vida por ela toda. E aí eu me descubro. Assunto! Recuo. E continuo (...) Caminhar é mais difícil que pensei. Os passos para serem meus têm de ser altos. E combinar com a minha poesia. Esse eu-lírico indiscreto que pergunta na cara e sente antes de tocar me desespera as aspas. E eu já não posso citar nada. Nem mesmo os fatos que carrego comigo. E vou acertando na medida que erro. Quando tiro a roupa. E quando a ponho também. Eu vou acertando sem saber que pode ser a física quântica. Ou mesmo a sorte. Meus sonhos estão se igualando aos meus passos - nessa ordem - e isso me assusta. Faz com que eu perca a graça de sonhar. E aí, dói. E aí eu sinto que a cada mudança eu vou sofrer. E que existem dias que não são para andar. Muito menos na linha. E que ainda sim, eu vou atravessar. Tropeçar. Cair. Chorar. E sair do outro lado com a certeza de que pelos menos eu fui. De salto alto. Andando no chão e pisando poeira. Do meu trabalho.

Os passo
são de aço
para quem sabe
andar leve na madeira
da imaginação

5 comentários:

Wiskow disse...

Opa! Não conhecia o blog, gostei do teu texto, e das fotos.
abração

Unknown disse...

voo comenta aki né.. pqe si não to ferrado!.
=p
gooostei das FOOTOS i dus textos tamem!.
hahahaha
sei la
beijãao

Saulo Ribeiro disse...

sinto a doce agulha de teu salto...

beijo.

Patrícia Colmenero disse...

Helena, fantástico!
Com certeza, foi o melhor texto seu que eu já li. Gostei mesmo. Acho que transparece força e sinceridade. Adorei!Mesmo!

SANDRO CÔDAX disse...

Gostei também: profundo, sincero, mesmo que com passos de aço!