A verdade é que eu tenho todas as soluções em mente. E mais oito problemas para se resolver na prática. A verdade é que sou problemas e soluções. Sinto e despejo aqui na tela o que me passa na cabeça quando vivo. Sinto e penso. Aprendi a manejar-me quando preciso. Aprendi a sentar. Aprendi a conversar. Aprendi a deixar de ser. Aprendi a conquistar. E desapegar também. O fato é que eu pareço viver na segunda geração do Romantismo. Lembra do egocentrismo? O chamado ‘’mau do século’’. Onde o adolescente tinha artefatos para viver bem, mas preferia o individualismo. O suicídio. Para assim, se ver livre das dúvidas, do tédio, da orgia, da morte. Do medo do amor. Ah! Incorporo-me por inteira. Os mitos que vivo são caixas de interrogações que se fecham na memória. E martelam a esperança de um dia acreditar que vai passar. Principalmente a dúvida. Mas o século é outro. Não estamos em 1889. E do Romance só me restou a poesia. Quanto mais me fecho mais me abro para os caminhos banhado a ouro. Como se fosse um túnel. Onde só se passam pessoas a fim de conhecimento individual. Conhecimento prévio. Para não ser breve. Durar a vida por ela toda. E aí eu me descubro. Assunto! Recuo. E continuo (...) Caminhar é mais difícil que pensei. Os passos para serem meus têm de ser altos. E combinar com a minha poesia. Esse eu-lírico indiscreto que pergunta na cara e sente antes de tocar me desespera as aspas. E eu já não posso citar nada. Nem mesmo os fatos que carrego comigo. E vou acertando na medida que erro. Quando tiro a roupa. E quando a ponho também. Eu vou acertando sem saber que pode ser a física quântica. Ou mesmo a sorte. Meus sonhos estão se igualando aos meus passos - nessa ordem - e isso me assusta. Faz com que eu perca a graça de sonhar. E aí, dói. E aí eu sinto que a cada mudança eu vou sofrer. E que existem dias que não são para andar. Muito menos na linha. E que ainda sim, eu vou atravessar. Tropeçar. Cair. Chorar. E sair do outro lado com a certeza de que pelos menos eu fui. De salto alto. Andando no chão e pisando poeira. Do meu trabalho.
Os passo
são de aço
para quem sabe
andar leve na madeira
da imaginação
Os passo
são de aço
para quem sabe
andar leve na madeira
da imaginação
5 comentários:
Opa! Não conhecia o blog, gostei do teu texto, e das fotos.
abração
voo comenta aki né.. pqe si não to ferrado!.
=p
gooostei das FOOTOS i dus textos tamem!.
hahahaha
sei la
beijãao
sinto a doce agulha de teu salto...
beijo.
Helena, fantástico!
Com certeza, foi o melhor texto seu que eu já li. Gostei mesmo. Acho que transparece força e sinceridade. Adorei!Mesmo!
Gostei também: profundo, sincero, mesmo que com passos de aço!
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