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terça-feira, 7 de junho de 2011

20 anos


Acho bonito bonito essa história de chegar em casa, jogar a bolsa pro lado e começar a escrever. Logo antes dos 20 anos. Acho bonito ver nas palavras uma certa cumplicidade e nenhuma regra para cumprir. Não tenho muitas rugas para saber mas entendo, - que lá na frente - depois dos 30, é que deve ser verdadeiramente bom criar as palavras como quem cria um gato.


Sou nova demais para compreender os sentidos e todos os sentimentos. Mas confesso que gosto de arriscar. E quando o assunto é colocar as palavras no papel tudo fica mais saboroso. Mesmo podendo ser acre.


Se é mesmo mais tarde que vou encontrar em mim uma poeta falante é porque hoje adormeço aqui um poema. Sem rugas, sem filhos, sem problemas, sem tese, sem nada. Menina que fala com seus próprios botões e esconde tudo na gaveta da memória. Sem pretensão de ser mais do que é. Já que quando escrevemos às vezes somos menores.



3 comentários:

J.F. de Souza disse...

Fazia um tempo que eu não passava por aqui... Mas tá sendo bom passar aqui agora, moça de alma nua.
E constatar, ainda que tardiamente...
É legal ver que, a cada dia, vc fica melhor nesse negócio de escrever. =)

O importante é que o ato de escrever faz parte de vc. E, por mais que fiquemos menores quando escrevemos - pois acabam sendo pedaços de nós mesmos os nossos escritos - soltamos esses seres no mundo, para fazerem o que têm que fazer. =)

=*

J.F. de Souza disse...

[Viajei pra caramba, né? Só pra vc ter noção de como tô gostando do que tô lendo...] =)

=*

Helena de Oliveira disse...
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