n° de visitantes

Leitores

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

vou dizer que

Meu nome é histórico, mas quando meu pai o escolheu foi simples e brevemente devido a uma paixão de infância pela professora Maria Helena. Por sorte e bom gosto nato da minha mãe, excluíram o Maria. Grata. Sou a amiga passageira. Não consigo esconder o que penso e, às vezes por isso acabo sozinha. Transparência que atrapalha. Uma irmã orgulhosa, mas um pouco distante por não saber ensinar. Tenho o extrato da poesia na vontade, por isso, acho que escrevo. Sou a sobrinha mais velha. A neta de olhos azuis mais autêntica por ser teimosa. Ou o contrário. A primogênita não idealizada de um casal com vinte e cinco anos de casados. Aquela que chora no escuro. Fala alto, esbarra em tudo por onde passa, mas até consegue manter certa classe em cima de um salto quinze. Estúpida. Nem um pouco orgulhosa. Fala sem pensar. Age com o pensamento. Admira as fraquezas humanas e do mundo. Tem um sonho louco e adolescente de conhecer a Palestina.Ter um filho e continuar com a fantástica fábrica de calçados de seus pais. Mas aconselhada desde a infância a fazer Medicina por influência da família Oliveira. Enquanto a hora não chega brinca de estudar. Faz poesia e todo mundo gosta. Não gosta dos escritos, mas da dualidade entre a personalidade forte (rude) e a prosa fina (até bonita). Mineira de Belo Horizonte ama mais Dom Silvério. Talvez por não precisar ser gente grande lá. Eu, Helena, sou a filha do papai. E o amo. Minha mãe foi mais amiga que mãe. O que não tornou as coisas ruins e sim diferentes. Quando o bicho pega e a interrogação aparece junto com os problemas de casa, as respostas vem de dentro desses meus sonhos inacabáveis. Meu nome é solução. Família reunida e comida boa. Música e arte. Apaixonada por cinema a dois, gatos e gente de verdade. Tem sexto sentido válido. Gosta de pessoas e não de perfis prontos. Em 2011 vai precisar de muita disposição e inspir-ação. Vergonha na cara para estudar mais que o infinito e muita bunda. É só uma idéia...






Um comentário:

Luana Henriques disse...

"Mineira de Belo Horizonte ama mais Dom Silvério. Talvez por não precisar ser gente grande lá." Costuma que eu amo isso! De ser criança aqui com vc!