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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

árvore e muda



Era uma espera de menina ingênua,
pele lúcida de pálida e cabelos livres
contornando passos arrastados a esperar.
Mal caia o sol e ela estava no portão de casa
esguia, a saia num rosa lavado e a blusa branca
cheirando a limpeza, escondendo num
transparente-sensual suas formas de menina e mulher.
O logradouro em paralelepípedos desenhava
naquela imaginação adolescente a noite que viria...
O silêncio que invadira não era mais mistério.
Ele viria, ela estava certa. E veemente tonta.
E a fiel castanheira, assistira a cópula ali mesmo
fazendo sombra à luz do poste,
no crepúsculo da maturação
da menina
de alma nua
[no meio da rua.]