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segunda-feira, 4 de agosto de 2008

LÍRICO LUZIR


aqui residirei
e encontrarei por entre as portas da sua rotunda
tudo que desejares:
escafandro, azaléia, máquina de fiar e macadâmia

por entre seu lírico luzir
estocarei malvas, chaminés, estuários de gessos e saltos
e salpicarei o fruto de nós
como barco que tudo acolhe no pó da foz que te guarde

verniz que do teu seio te cinge
limpa e lustra o seu candor
trufa tão bela tal qual tua cortina
dentro de um lago volúpia que tarde é gueixa

meca tela que de sê-la tão tê-la
o dórico dorso como vê-la tão boreal
rótula que me rasga entre navios e açores
sou ídem e refaço o que me serves que a ti perpetrou

aos leitos de peles que pelo dorso inunda
te acho como só ais, de um ás posto em chamas
rubi tão rubro como arco que o corpo se tem
e tornado tão perto o teu poço que eu me
entrego tão bem.

Carlos Gurgel - http://onthee.blogspot.com/
para Helena Oliveira.

Poeta de Natal, de lua, de loucuras, de sentidos sentindo e pedindo mais.
Obrigada!!!!! Isso é pura inspiração.

2 comentários:

ON THE É (nada do que não era antes, quando não somos mutantes) disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
ON THE É (nada do que não era antes, quando não somos mutantes) disse...

pleno o corpo do poema que se entrega. para nunca mais ser o mesmo. assim será. como um plano de espera. aqui e em qualquer lugar. helena. minha cena. tão tudo que sei que diz. e que eu sempre quis

Cgurgel