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quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Morrer afogada

Num mergulho me afogo
Já perdi o controle
Respirar para fora
Inspirar para dentro
Ar-madilha ingestiva
assim me sinto perdida
mais perto do mau
Mergulho adentro
da alma que afoga
os versos menos
sonoros
Do canto menos sedento
Ao fechar dos olhos
inundada pela morte
Já não falo,
por aqui moro
do outro lado talves me salvo
da tal morte.

Um comentário:

Patrícia Colmenero disse...

Achei genial vc abrir o poema com o verso "Num mergulho me afogo". De uma intensidade maravilhosa mesmo.Aqueles que nascem com a angústia dentro de si, não precisam de muito para perder o controle.
A sonoridade do poema me lembrou Sylvia Plath. Conhece?
"Mergulho adentro
da alma que afoga
os versos menos
sonoros
Do canto menos sedento"
Adorei esses versos também. Gosto dessa miséria buscada. Acho muito poética essa autodestruição declarada. Sou assim tb.
óTimo poema!
Beijo, Helena!!!