n° de visitantes

Leitores

sábado, 26 de janeiro de 2008

foto por: Edio Escobar




Como quem não sabe por onde veio. A qual destino tomou e tornou-se gente.De tal maneira a manejar a própria imagem sem mesmo ser. Num sopro sujo. Por cima do gozo ao chão. Por cima do muro. Do mundo. Tom escuro, aspecto áspero, sem ar. Sufoca o ar de quem a pisa. Seu maior desejo é ser.Branca. Pura e límpida. Aos que fazem casas, chama-se concreto. Aos que fazem concreto, areia. Aquela de melhor qualidade cujo valor não tem. Não tem nome registrado. Mas tem origem e peso.Para aqueles, nós, passamos despercebidos. Durante uma rotina sem tempero algum. O ar que refrigera tem acúmulos. O lenço. A penteadeira. As nossas mãos. Até as letras, quando não são por tela, assim, em verdana 10, apodrecem. Os papéis envelhecem, criam manchas e marcas. Mas a poeira, em todos os lugares, permanece. Não morre nem cria larvas. A poeira simplesmente é. Faz parte. É uma peça de arte que nos acompanha a sós. E carrega o peso do mundo nas costas.

2 comentários:

Anônimo disse...

Como sempre uma linda poetisa,cara,vc escreve bem,to boba e eu achando q sabia fazer poemas huahuahuauahua sou pessima,continue assim q vc vai longe
Adoro vc
bjs
G

Saulo Ribeiro disse...

essa prosa poesia que me faz fechar os olhos e respirar mais fundo, capitando perfumes peculiares:

o passar por baixo da dama da noite quando tem lua cheia,

o caminhar no bosque logo depois da curta chuva

ou sentir o shampoo entrando por entre os cabelos dela durante o amor...

tem tanto perfume teu texto, perfêmea...

duda bandit